Psicologia para Ativistas da Paz
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Cap�tulo 5
A��o versus Teoria de Poltrona

A a��o � o passo fundamental para o desenvolvimento da consci�ncia. Dentro dos
movimentos de paz, ela permite reconhecer o ativista da paz. Em psicologia, ela permite
reconhecer a nova psicologia como uma psicologia da a��o. Todos os outros aspectos do
desenvolvimento da consci�ncia podem ser reconhecidos em termos de sua ocorr�ncia
antes ou depois da a��o inicial: alguns s�o precursores, outros s�o conseq��ncias que v�m
depois, como resultado da a��o. Como vimos, o passo dos valores e prop�sito, bem como o
passo da raiva, s�o precursores que formam a base e motivam a a��o (muito embora estes
est�gios continuem a desenvolver-se e ganhar intensidade juntamente com os passos
seguintes).

Em se tratando de paz, h� muitas pessoas que nunca se desenvolvem at� o ponto da a��o.
Todos conhecemos pessoas que parecem partilhar de nossos valores, prop�sitos e raiva em
favor da paz e da justi�a mas que, por algum motivo, se limitam a pregar uma "teoria de
poltrona" e um "evangelho de gaveta", como descreve Martin Luther King Jr.:

Uns poucos fi�is sempre mostraram grande preocupa��o com problemas
sociais, mas muitos deles se mantinham alheios � �rea da responsabilidade
social. Boa parte dessa indiferen�a, de fato, vinha de um sentimento sincero
de que os ministros n�o deveriam se imiscuir em quest�es temporais terrenas
como melhorias econ�micas e sociais, mas deveriam "pregar o Evangelho" e
manter a mente dos homens centrada nas quest�es "celestes". N�o obstante
sua sinceridade, esta vis�o da religi�o era, ao meu ver, muito limitada (...).
Qualquer religi�o que se diga preocupada com a alma dos homens e que n�o
se preocupe com as favelas que os levam � perdi��o, as condi��es
econ�micas que os sufocam, as condi��es sociais que os mutilam, � uma
religi�o de gaveta.

King bem poderia estar descrevendo certos professores universit�rios com as mesmas
palavras que dirigiu aos ministros religiosos.

O primeiro passo para a a��o pode ser bem dram�tico para aqueles que v�m de profiss�es
dentro da igreja ou da universidade, onde predomina a teoria de poltrona. Exemplificando, a
a��o inicial de Jane Addams, que lan�ou toda sua carreira de trabalho social, come�ou
quando ela vagava "desligada" e "desiludida" pela Europa depois de sua vis�o de "desespero
e ressentimento" em Londres:

� dif�cil dizer exatamente quando o simpl�ssimo plano, que depois se tornaria o
Assentamento, come�ou a formar-se em minha mente. Talvez tenha sido
antes de minha segunda viagem � Europa; mas aos poucos me convenci que
seria uma boa coisa alugar uma casa num bairro da cidade onde se
encontrassem muitas car�ncias b�sicas e verdadeiras, e onde mo�as que
haviam se dedicado exclusivamente ao estudo poderiam reencontrar um
equil�brio em atividades tradicionais e aprender sobre a vida com a vida
mesma.

Da mesma forma, a decis�o fundamental de Martin e Coretta King de mudarem-se de Boston
para Montgomery, Alabama, foi tomada porque "apesar das desvantagens e sacrif�cios
inevit�veis, nosso maior servi�o seria prestado no Sul, de onde v�nhamos (...). N�o
quer�amos ser considerados espectadores isentos". Como previram, este movimento os
colocou bem no centro do drama que se desenvolvia em torno da luta pelos direitos civis e,
em �ltima an�lise, do movimento contra a guerra do Vietn�.

Talvez, a mudan�a mais dram�tica da teoria para a a��o foi experimentada por W. E. B. Du
Bois. Durante anos ele trabalhou dentro da academia, onde "tentava me isolar na torre de
marfim racial". Como cientista ele abrira novos horizontes desenvolvendo a nova ci�ncia da
sociologia e aplicando-a pela primeira vez em rela��o � ra�a negra, mas seu trabalho n�o
vinha tendo qualquer efeito no mundo real. Somente quando sua "indigna��o transbordou" �
que ele voltou-se para "a a��o agressiva", convocando uma reuni�o de ativistas que se
reuniu perto das cataratas do Niagara. Ele fundou o Movimento Niagara, que depois se
tornou o NAACP (Associa��o Nacional para o Desenvolvimento de Pessoas de Cor), onde Du
Bois tornou-se l�der ativista pelos direitos civis e depois pela paz.

Um princ�pio b�sico da nova psicologia � o de que as pessoas s�o transformadas pelas
a��es que iniciam. N�o s� as conseq��ncias da a��o mas o pr�prio processo de agir
modifica o ator, de forma que ele ou ela se torna "uma nova pessoa" operando a partir de
um estado de consci�ncia mais elevado. Valores e prop�sito s�o refor�ados. A raiva �
canalizada para a a��o ao inv�s de voltar-se para dentro e degenerar em pessimismo. O
pessimismo � dissipado por resultados reais. Como escreveu Sandy Pollack: "Tenho que
trabalhar pelo que quero, e nisso repousa a beleza e a alegria (...). Quando estou engajada
na 'luta', em conseguir o que quer que seja, n�o estou deprimida � ao contr�rio, sinto-me
muito bem".

As pessoas s�o transformadas por suas a��es, quer sejam bem sucedidas ou n�o. Se as
a��es s�o bem-sucedidas, os ativistas aprendem que � poss�vel ao indiv�duo influenciar o
curso da hist�ria, como coloca Helen Caldicott:

Muitos parecem acreditar que se tornou simplesmente imposs�vel para um
indiv�duo influenciar o curso de eventos nacionais ou globais. Eu discordo.
Minha experi�ncia na Austr�lia de 1971 a 1976 � a de que ainda se pode fazer
a democracia funcionar
- de que exercendo press�o eleitoral um corpo de
cidad�os ainda consegue mover seu governo para o lado da moralidade e do
bom senso. Ali�s, o impulso para o movimento nessa dire��o s� pode se
originar no cora��o e na mente do cidad�o individual. Al�m disso, s� �
necess�ria uma pessoa para iniciar o processo, e essa pessoa pode ser
inexperiente e politicamente ing�nua, assim como eu quando comecei a
protestar.

Experi�ncias de insucesso tamb�m podem ter um papel positivo se forem corretamente
avaliadas e se a luta for levada a um n�vel superior. Num n�vel inferior a luta pode enfrentar
dificuldades causadas pelo n�vel mais alto do sistema, e somente mudando para uma a��o
de n�vel superior � que se pode superar estas dificuldades. Nenhum caso ilustra isso melhor
que o de Eugene Victor Debs. Seu Sindicato Americano de Ferrovias conseguiu ganhar "de
fora a fora" na fase inicial da greve, mas ent�o o governo uniu-se �s grandes corpora��es
para derrot�-los. Somente direcionando o ataque ao sistema capitalista em si � que o
problema pode ser contornado:

Nessa conjuntura, vimos abaterem-se sobre n�s uma r�pida sucess�o de
golpes, vindos dos lugares mais inesperados. (...) um ex�rcito de detetives foi
equipado com distintivos, cerveja e cacetetes, e posto � solta (...), rumores
assustadores foram espalhados; a imprensa soltava boatos e amea�as, e em
todos os telefonemas passam not�cias de que a garganta branca de Chicago
estava nas garras de comunistas. Seguiram-se pris�es, e nosso escrit�rio e
quartel general da greve foi saqueado, destru�do e lacrado pelas autoridades
"legais" do governo federal (...). O Sindicato Americano das Ferrovias havia
sido vencido, mas n�o fora conquistado
- estava at�nito mas n�o destru�do.
Ele vive e pulsa no movimento Socialista, e sua derrota s� abriu caminho para
a liberdade econ�mica que acelerou o alvorecer da fraternidade humana.

Uma mudan�a psicol�gica especialmente dif�cil pode ser a perda de uma carreira, que foi o
caso de A. J. Muste e Emily Balch. Embora dolorosa na �poca, essa perda abriu as portas
para seu desenvolvimento ulterior. Para Muste tudo come�ou quando foi a uma
manifesta��o contra a guerra no come�o da Primeira Guerra Mundial.

Voltei daquela enorme manifesta��o contra a guerra em Washington (...) para
comandar um servi�o em minha igreja (...). O fato de ter ido a Washington e
n�o ter declarado meu apoio � guerra, ao voltar, faz de mim um traidor (...).
A tens�o naqueles dias foi demasiada. Abdiquei. Quase todos os ministros
pacifistas perderam seus p�lpitos durante a Primeira Guerra ou, como em
Seattle (...), o ministro "ficou com o p�lpito mas perdeu a congrega��o".


Cap�tulo 6
Filia��o versos Anarquismo e Individualismo

Nenhum princ�pio psicol�gico especial � necess�rio para explicar porque os ativistas d�o o
passo da filia��o: simplesmente percebem que o poder de suas a��es aumenta quando
trabalham em grupo ao inv�s de sozinhos. Como concluiu Debs no final de sua vida:
"Desorganizado, voc� est� impotente, � desprezado. O Poder vem pela uni�o".

A filia��o n�o � apenas uma quest�o pr�tica, ela produz uma transforma��o psicol�gica. O
prop�sito passa a ser partilhado. A raiva � socializada. A a��o se torna mais eficaz, mas
tamb�m mais complexa, envolvendo divis�o de trabalho. Com tudo isso vem uma mudan�a
psicol�gica profunda, como descreveu eloq�entemente Martin Luther King Jr.:

Se algu�m tivesse me dito h� alguns anos atr�s, quando aceitei a presid�ncia
da Associa��o de Melhoria do Mississipi, que eu chegaria nessa posi��o, teria
fugido disso com todas as minhas for�as. Essa n�o � a vida que eu esperava
viver. No entanto, dia ap�s dia vai-se assumindo um pouco de
responsabilidade, depois um pouco mais, at� que finalmente n�o se est� mais
no controle. � preciso dar-se totalmente. E ent�o, quando voc� se convence
de que est� se entregando, est� preparado para fazer qualquer coisa que
sirva � Causa e fa�a avan�ar o Movimento. Eu cheguei nesse ponto. N�o
tenho mais escolha do que farei. Eu me entreguei totalmente.

Debs, em seu estilo eloq�ente, faz uma observa��o similar a respeito da import�ncia de sua
filia��o ao partido socialista:

O pouco que sou, o pouco que gostaria de ser, devo ao movimento socialista.
Ele me deu minhas id�ias e ideais; meus princ�pios e convic��es, e n�o
trocaria nenhum deles pelos d�lares ensang�entados de Rockfeller. O
socialismo me ensinou como servir
- uma li��o que para mim n�o tem pre�o.
Ele me ensinou o �xtase do aperto de m�o de um camarada. Ele me permitiu
(...) assumir meu lugar a seu lado na grande luta por um dia melhor.

E Emily Balch expressou-se com simplicidade dizendo que sua filia��o � Liga Feminina
Internacional pela Paz e Liberdade deu a ela "grande alegria pelo sentido de camaradagem
ativa e organizada com mulheres que trabalham pela paz no mundo inteiro".

A filia��o oferece inspira��o, mas tamb�m prov� o necess�rio apoio psicol�gico para
come�ar e sustentar a��es dif�ceis. Por exemplo, depois de ter sido despedido de seu
emprego como ministro, A. J. Muste filiou-se a "um grupo de pacifistas radicais crist�os,
informalmente reunidos no que cham�vamos de: 'A Fraternidade'. Estimulados por
discuss�es em grupo no sentido de que 'de alguma forma precis�vamos traduzir o ideal da
fraternidade para o mundo real', Muste e outros membros da fraternidade envolveram-se na
dif�cil greve da Lawrence Textile, de 1919:

Nossa fraternidade era constante. Nunca houve a menor d�vida de que
nossas fam�lias seriam amparadas caso um de n�s fosse ferido ou ca�sse. Na
atmosfera febril de uma greve maci�a, em meio �s decis�es que deviam ser
tomadas diariamente sobre quest�es das quais n�o t�nhamos qualquer
experi�ncia pr�via, e que envolviam "acordos" de um tipo que jamais surgiriam
numa comunidade intencional, est�vamos, por um lado, sob uma verdadeira
disciplina grupal, embora n�o imposta de fora, e por outro lado, apoiados
espiritual e materialmente por aquela fraternidade.

O mesmo processo psicol�gico interno que leva inicialmente uma pessoa a filiar-se ao grupo,
aparece depois da filia��o como algo externo, voltado para o processo de recrutar outros.
Como organizadora, Jane Addams era inigual�vel. Come�ando por sua filia��o a Hull House,
que era "mantida pelo mais saud�vel dos la�os sociais, o companheirismo dos m�tuos
interesses", Jane Addams e suas colegas estabeleceram uma rede de organiza��es que iam
das cooperativas de vizinhos e clubes at� organiza��es nacionais e internacionais que
perduram at� os dias de hoje, incluindo-se a Liga das Senhoras Eleitoras, a Uni�o Americana
das Liberdades Civis e a Liga Feminina Internacional pela Paz e pela Liberdade. Sandy
Pollack, que se associou ao partido comunista quando tinha 19 anos de idade, parece ter
sido tamb�m uma ex�mia organizadora, como descreve seu esposo nesse fragmento de
poema escrito por ele:

Minha esposa tricotava frentes unidas, aturava
reuni�es �cidas, suportava cal�nias,
mas onde quer que trabalhasse, os grupos iam
de pequenos para grandes.

O maior destes grupos, a passeata de 12 de Junho de 1982, contou com mais de um milh�o
de pessoas, a maior passeata pela paz da hist�ria dos Estados Unidos. Vendo as dimens�es
da multid�o, ela se perguntava: "O que faremos depois disso? Que tal uma a��o mundial
coordenada?"

Mais do que qualquer outro est�gio de desenvolvimento da consci�ncia, a afilia��o requer
que se aprenda habilidades psicol�gicas. H� habilidades positivas a serem desenvolvidas,
como a paci�ncia de Pollack; a disposi��o para comprometer-se e aceitar uma disciplina
grupal de Muste; a generosidade corajosa de Martin Luther King Jr. A maior habilidade de
Jane Addams n�o foi apenas vital para o sucesso da Confer�ncia de Haia, que reuniu
mulheres dos dois lados da Primeira Guerra Mundial, mas tamb�m serviu de inspira��o para
Emily Balch, que a descreveu da seguinte forma:

N�o obstante a dificuldade de conduzir os trabalhos em meio a constituintes
t�o variados e diferentes, falando idiomas diversos, com regras de
procedimento parlamentar diversas e pontos de vista divergentes, a Srta.
Addams e outros oficiais conduziram sess�es ordenadas e eficazes, marcadas
pela mais ativa vontade de uni�o que jamais senti numa assembl�ia.

A afilia��o tamb�m requer a supera��o de h�bitos negativos. W. E. B. Du Bois, diante da
tarefa de organizar o Movimento Niagara, lembra como estava mal preparado para este
grande papel de organizador:

Eu n�o era um l�der nato. N�o conseguia dar palmadinhas nas costas e fazer
amizade com estranhos. N�o me era f�cil abdicar da minha personalidade
reservada; nem conter minhas palavras cr�ticas a todo o momento. E no
entanto, tendo posto m�os � obra, tive que continuar.

A maioria das qualidades negativas que dificultam a afilia��o n�o s�o herdadas, mas
advindas da falta de treino para a coopera��o pr�pria da sociedade ocidental. Depois de
encontrar e trabalhar com Peter Maurin, cuja palavra de ordem era "comunidade", Dorothy
Day tornou-se extremamente c�nscia do ponto fraco de nossa sociedade:

O ser humano n�o foi feito para viver s�. Todos reconhecemos essa verdade.
Mas n�o somos verdadeiramente comunit�rios, Peter dizia: somos apenas
greg�rios, como a maioria das pessoas urbanas �. Peter sabia que a maioria
de n�s n�o s� n�o recebera treinamento para o trabalho disciplinado, mas
tamb�m n�o sabia trabalhar em conjunto.

Dada sua forma��o no mundo acad�mico, que encoraja a competi��o e o individualismo
desde a primeira s�rie do prim�rio, n�o � de se admirar que Bertrand Russell tenha achado
bastante dif�cil afiliar-se:

Durante toda a vida quis sentir aquela unidade com grandes massas de seres
humanos que experimentam os membros de multid�es entusiasmadas. Essa
vontade foi t�o grande em certas ocasi�es a ponto de me levar ao auto-
engano. Imaginei ser liberal, depois socialista, ou pacifista, mas nunca fui
nada disso, n�o profundamente. Sempre o intelecto c�tico, nos momentos em
que mais quis que se calasse, segredava d�vidas em meu ouvido, me
distanciava do entusiasmo f�cil dos outros, e me transportava para uma
solid�o desolada.

As tend�ncias negativas do individualismo, como as que se ensina nas universidades, podem
levar ao anarquismo na pr�tica. A organiza��o de Helen Caldicott exemplifica essa
tend�ncia, como se v� de sua descri��o das "organiza��es soltas" que ela fundou enquanto
ainda na Austr�lia:

Embora nos encontr�ssemos uma vez por semana para relatar tudo que
t�nhamos feito, n�o havia regras nem pauta. Cada indiv�duo era totalmente
livre para fazer o que ele ou ela achasse necess�rio para levar a causa
adiante. A organiza��o n�o impunha qualquer restri��o...

Mais tarde, quando chegou aos Estados Unidos, Caldicott achou dif�cil trabalhar com as
organiza��es j� estabelecidas, e portanto fundou seu pr�prio grupo, chamado WAND. A
dificuldade de Russell para afiliar-se se tornou uma quest�o hist�rica importante quando,
quase com 90 anos de idade, ele deixou a Campanha para o Desarmamento Nuclear que
ajudara a fundar, e formou um Comit� dos 100 dedicados � desobedi�ncia civil. Segundo o
bi�grafo Ronald Clark, Russell ganhou a reputa��o de "abandonar as campanhas quando
chegavam � crista da onda".

H� um risco especial com rela��o � afilia��o � o risco do sectarismo. Se a an�lise do grupo
ao qual nos filiamos acaba sendo sect�ria, em outras palavras, estreita e isolada do povo
em geral e do curso da hist�ria, ent�o nosso trabalho se torna ineficaz. Na melhor das
hip�teses, um grupo sect�rio pode ser irrelevante, e na pior, pode ser contraproducente no
sentido do progresso da paz e da justi�a. Em tais casos, o ativista se v� diante da dif�cil
decis�o de mudar a dire��o do grupo ou deix�-lo, filiando-se a outro grupo.

Apesar dos riscos, n�o h� substituto para a afilia��o no caminho do desenvolvimento da
consci�ncia. O indiv�duo isolado, n�o importa o qu�o brilhante, � incapaz de fazer hist�ria.
Somente atrav�s de afilia��o e lideran�a em organiza��es � que a pessoa poder�
desenvolver consci�ncia hist�rica mundial. Voltaremos a esta quest�o mais tarde depois de
tratar do pr�ximo passo da integra��o pessoal.

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