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16/maio/2006
Mui estimados parceiros na Cultura de Paz,

Ontem ficamos comovidos ao ver a Catedral da S� quase lotada no Ato de
Solidariedade aos Familiares das V�timas da barb�rie desarrazoada e criminosa.
Obrigada pela presen�a expressiva apesar de, devido �s circunst�ncias, termos
enviado a convoca��o em cima da hora.

Estamos recebendo dezenas de mensagens com propostas e iniciativas para
manifestar necessidades h� muito reivindicadas: programas de re-inser��o social
para jovens; capacita��o de lideran�as comunit�rias; engajamento de empres�rios
para viabilizar o primeiro emprego; cria��o de cooperativas para gera��o de renda
nos espa�os menos favorecidos da cidade; uso das artes como instrumento de
congregar jovens desempregados; caminhadas silenciosas em apelo � paz e �
conviv�ncia saud�vel; celebra��es inter-religiosas... N�o faltam id�ias nem
entusiasmo, mas talvez seja necess�ria disposi��o para a a��o. A��o que n�o
precisa ser espetacular nem objeto de mat�ria para jornais, r�dios ou TV. Por�m
a��o consistente, persistente, ousada e teimosa.

O Prof. Johan Galtung diz que hoje em dia n�o h� tema mais revolucion�rio do que
Paz. Ela tem de ser re-significada, implementada e posta em cena como "prima-
dona" de qualquer enredo social. Nas palavras do Dr. Ravindra Varma, deve ser "um
imperativo para a sobreviv�ncia e, portanto, objetivo soberano do indiv�duo e dos
grupos sociais".

Estamos analisando as propostas recebidas e responderemos todas as mensagens
t�o logo nos seja poss�vel. Apenas para adiantar o expediente e atender �s
urg�ncias que as circunst�ncias demandam, pin�amos aqui algumas sugest�es:

1) Ir �s escolas onde estudam crian�as cujas m�es ou pais foram vitimados neste
final de semana. Propor � diretoria uma cerim�nia ou ato de Solidariedade para com
essas crian�as.

2) Enviar cartas ou mensagens �s corpora��es de Seguran�a P�blica manifestando
pesar pela perda de policiais, agentes penitenci�rios, bombeiros e investigadores,
reafirmando o valor inconteste dos Direitos Humanos e da Cultura de Paz.

3) Nos bairros onde estiverem fam�lias que perderam entes queridos, organizar ou
participar de cerim�nias religiosas, e promover visitas de amparo e conforto.

4) Nos hospitais onde houver feridos, levar uma palavra de alento e a presen�a
cidad�.

5) N�o deixar que a indiferen�a crie uma rede de prote��o para nossa perplexidade
e desconcerto. O pior que podemos fazer � negar que estamos assustados,
desorientados, do�dos e fragilizados. Talvez o reconhecimento disso tudo, ajude a
nos humanizar, a contextualizar nossas prioridades em fase � Vida, os seres
queridos e as aspira��es leg�timas de viver numa sociedade mais justa e confi�vel.

Recebam nossos sentimentos de solidariedade aliados ao compromisso sempre
renovado com os princ�pios da Cultura de Paz.

Lia Diskin
p/ Comit� Paulista para a D�cada da Cultura de Paz
um programa da UNESCO

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