61� F�rum do Comit� Paulista para a D�cada da Cultura de Paz
- um programa da UNESCO -


Mulheres na filosofia:
uma hist�ria de exclus�o deliberada


Abertura:
Tributo a Hip�tia � performance de Ana Figueiredo

Hip�tia: fil�sofa, matem�tica, astr�noma e professora. Nasceu no Egito no
s�culo IV. Considerada na sua �poca como a mente mais brilhante da escola
neoplat�nica de Alexandria, foi convidada a tomar lugar na cadeira que Plotino
ocupava na afamada Biblioteca. Morreu brutalmente assassinada por fan�ticos.
Motivo: ser mulher, pag�, ter dotes intelectuais singulares, beleza e eloq��ncia
que atra�am grande quantidade de seguidores.

Ana Figueiredo, soci�loga, core�grafa e professora de dan�a e improvisa��o. No seu
trabalho "Dan�a, Mito, Imagem", une o universo dos mitos e ritos �s imagens do mundo das
artes. Colaboradora da Joseph Campbell Foundation no Brasil, coordena grupos de estudos
sobre a obra de Campbell.


As mulheres e a filosofia,
uma hist�ria mal contada

A hist�ria da filosofia � uma hist�ria do pensamento dos homens. As mulheres
n�o participaram desta hist�ria, a n�o ser obscuramente, at� o s�culo XVIII
quando fil�sofas como Mary Wollstonecraft propuseram cr�ticas diretas ao
pensamento sexista dos fil�sofos que se ocupavam em, literalmente, falar mal
de mulheres como modo de sustentar uma estrutura pol�tica que assegurasse
direitos dos homens contra as mulheres. Hoje cabe reavaliar o passado como
forma de refazer o projeto atual relativo ao direito e � pol�tica sobre mulheres.

Marcia Tiburi, graduada em Filosofia e Artes, mestre e doutora em Filosofia, escritora,
autora de As Mulheres e a Filosofia, O Corpo Torturado, Uma outra Hist�ria da Raz�o,
Metamorfoses do Conceito, Di�logo sobre o Corpo, Magn�lia
(romance), A Mulher de
Costas
(romance), Filosofia em Comum - para ler junto (no prelo). � professora da FAAP,
do curso de forma��o de escritores da AIC, colunista das Revista Cult e Vida Simples, e
participante do programa de TV Saia Justa.


O pensamento no feminino

O que acontece com o pensar quando uma mulher se torna sua voz e determina
sua dire��o? Ele tem um recome�o. Pode receber uma nova dire��o, reconhecer
novos interesses, provocar conseq��ncias imprevistas. A presen�a de Hannah
Arendt
no dom�nio da filosofia e da teoria pol�tica, promove altera��es
estruturais na tradi��o ocidental, porque adentra uma �rea t�o
predominantemente masculina com tra�os e condi��es do feminino. Atrav�s de
Arendt, o pensar reencontra sua liberdade.

Dulce Critelli, graduada em Filosofia, mestre em Filosofia da Educa��o e Doutora em
Psicologia da Educa��o. Professora Titular do Departamento de Filosofia da PUCSP,
lecionando nos cursos de gradua��o e p�s-gradua��o. � consultora e terapeuta existencial
e tamb�m articulista da Folha Equil�brio do jornal Folha de S�o Paulo. Autora dos livros
Anal�tica do Sentido, Educa��o e Domina��o Cultural, Todos N�s... Ningu�m, e de diversos
artigos em livros, e revistas.

ENTRADA FRANCA

6 de novembro de 2007 � ter�a-feira � 19 horas

Audit�rio do MASP � Museu de Arte de S�o Paulo
Avenida Paulista, 1.578 � S�o Paulo / SP � Esta��o Trianon-MASP do Metr�
Informa��es: Palas Athena (11) 3266-6188

Realiza��o: Comit� Paulista para a D�cada da Cultura de Paz
www.comitepaz.org.br � www.palasathena.org.br
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O texto abaixo, de autoria de Ana Figueiredo, foi lido no
encerramento do Tributo a Hip�tia:

A �gua se apreende pela sede
A terra, pelos mares atravessados
O �xtase, pelas agonias sofridas
A paz, pelas batalhas vividas
O amor, pelo que jaz na mem�ria
J� n�o tenho sede!
Estou com os p�s na terra
Finalmente, estou em paz!